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Aniversário da Buser: 3 anos de superação e inovação no transporte interurbano

9 minutos para ler

Conheça a história da startup que nasceu para mudar a forma como o brasileiro viaja de ônibus: com mais segurança, conforto e preços justos

Hoje é dia 07 de julho de 2020 e há exatamente três anos a Buser fazia [ou tentava fazer] a sua primeira intermediação de viagem rodoviária de ônibus. De lá para cá muita coisa mudou e a empresa ganhou tamanho, importância, muitos funcionários e defensores. A Buser se tornou a grande protagonista de uma luta justa por um transporte de ônibus interurbano mais democrático.

Hoje, são mais de 2 milhões de usuários no Brasil e mais de R$ 150 milhões economizados em viagens de ônibus pelos brasileiros. Estamos em quatro das cinco regiões do país e transformando a experiência das pessoas com as viagens de ônibus. Essa história está apenas começando, mas hoje resolvemos contá-la para você que nos acompanha e para quem tem curiosidade de saber, afinal, quem é a Buser?

Como tudo começou

A Buser foi fundada por dois Marcelos, o Marcelo Abritta e o Marcelo Vasconcellos. Além do nome, os dois têm muito em comum: a cidade de origem: Belo Horizonte – MG e uma amizade de infância que surgiu ainda na época de colégio.

Na vida adulta cada um tomou um rumo. O Marcelo Vasconcellos desenvolveu uma carreira sólida em uma empresa de investimentos e o Marcelo Abritta desenvolveu alguns empreendimentos. Um dia o Marcelo Vasconcellos teve uma ideia de empreendimento e ligou para o Abritta, que não achou a ideia boa, mas ele tinha uma melhor: a Buser.

O curioso é que essa ideia surgiu quando ele foi casar na Bahia. Alguns de seus familiares não compraram passagens aéreas com antecedência e perceberam que o preço estava impraticável em cima da hora, então, teriam que ir de ônibus. Abritta resolveu ajudar e percebeu que o valor de todas as passagens de ônibus somadas era mais que o dobro do que o valor do fretamento de um ônibus para levar todos, permanecer na Bahia durante o período de estadia e trazer os familiares de volta.  

Vasconcellos achou a ideia muito boa e insistiu para que eles a colocassem em prática. “Eu tinha umas premissas de mercado financeiro, ramo em que eu trabalhava, que me fizeram acreditar que isso tinha chance de dar certo.  Então, a gente fez umas peças de propaganda falando do serviço e eu ia divulgando nos grupos de carona do Facebook. Numa dessas, um jornalista de um portal de notícias de Ipatinga – MG descobriu a gente e fez uma reportagem. A página que criamos no Facebook viralizou. Saiu de 500 pessoas cadastradas, que era basicamente networking meu e do Abritta para 15 mil em um mês”, conta.

A primeira viagem

Depois do sucesso da página, a pressão para fazerem a primeira viagem aumentou. “A gente pensou: temos que fazer essas viagens logo, senão as pessoas vão achar que a gente está mentindo. E aí a dúvida era pra onde. Como foi feita essa reportagem do portal de Ipatinga, teve muita gente pedindo pra gente fazer viagem para lá e aí a gente marcou para 07/07 a nossa primeira viagem com destino a Ipatinga-MG”, diz Vasconcellos.

Porém, nessa história nem tudo são flores. Na verdade, de muitos percalços se fazem a Buser e não foi diferente na primeira viagem, que acabou nem saindo. “Pesquisamos tudo direitinho para ir numa sexta e voltar no domingo. Seguimos as leis do fretamento e, mesmo assim, no dia da viagem, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de MG entrou com um processo. A viagem não saiu mesmo, mas deu uma repercussão muito grande, porque a mídia cobriu”, complementa. 

Foto da primeira viagem da Buser fazendo intermediação de transporte executivo de ônibus.
A foto acima foi tirada no dia da primeira viagem da Buser que não pode acontecer. O CEO da Buser, Marcelo Abritta está de camisa vermelha e à direita dele, de azul, está Marcelo Vasconcellos, Co-founder (Foto: arquivo pessoal)

A repercussão acabou trazendo bons frutos. Com ela muita gente soube da empresa e alguns amigos de Marcelo Abritta que já tinham startups resolveram investir na Buser. Foi neste momento que ela realmente nasceu como uma empresa.

O sonho de ser grande

A Buser não é uma empresa comum que nasceu pequena para ir crescendo aos poucos, ela já nasceu comprando grandes brigas com oligopólios.  “Já nascemos pensando em sermos grandes. Já sabíamos que não tinha como esse projeto ser muito pequeno porque os adversários eram grandes e o tipo de investidor que estaria disposto a apostar na gente não teria interesse em um projeto pequeno. Além disso, eu acredito naquilo que Jorge Paulo Lehmann diz: sonhar grande e pequeno dá o mesmo trabalho, então é melhor sonhar grande”, conta Abritta.

Vasconcellos ainda complementa que o fundamental para o nascimento de uma startup ambos tinham, que era ter claro qual problema enfrentavam. “O Brasil é um país pobre onde as pessoas viajam de ônibus. Começou quase como uma causa política, porque o sistema era errado. Ele transferia renda do pobre para o rico. A gente tinha claro qual era o problema”, esclarece.

Marcelo Abritta complementa: “e o problema não era o preço, o problema era a arquitetura do sistema. O preço alto é uma consequência do problema”. 

Um negócio que só cresce

De julho de 2017 até agora, três anos se passaram e muita coisa aconteceu. Nesses três anos a Buser foi de quatro pessoas para 70, recebeu três aportes de investimento, sendo o último e o mais significativo no fim de 2019. Chegamos a 1 milhão de usuários e pouco tempo depois a 2 milhões e os brasileiros já economizaram R$ 150 milhões viajando pela Buser. Porém, alguns dos momentos que mais marcam a nossa história são as sentenças judiciais que são dadas a nosso favor e uma delas mudou tudo. 

Equipe da Buser, empresa de intermediação de transporte no dia em que comemoraram 2 milhões de usuários
Parte da equipe em frente ao antigo escritório quando completamos 2 milhões de usuários (Foto: arquivo pessoal)

“A primeira decisão a nosso favor foi a mais importante, em abril de 2018 na justiça de MG. Foi ali que tudo mudou, porque antes dessa decisão a gente fazia uma viagem por fim de semana para São Paulo ida e volta em apenas um ônibus. E quando saiu essa decisão passamos a fazer viagens todos os dias”, conta Abritta.

Confiar nesse crescimento não impediu que os fundadores da Buser tivessem medo de morrer na praia em alguns momentos. Em 2018 o dinheiro quase acabou, mas aí as viagens começaram a encher uma atrás da outra nas férias de julho e continuaram assim depois. Isso aumentou a confiança dos investidores e fez com que a empresa recebesse mais investimentos. “O objetivo passou a ser fazer 30 trechos com 60 ônibus e fizemos tipo 80 com pouco mais de 100 ônibus e isso deu segurança para outros investidores.  Aí chegamos ao fim de 2019, quando o Soft Bank investiu.  Vale destacar que sempre estivemos uns dois ou três meses à frente das projeções dos investidores. Foi necessário acontecer uma pandemia global para a gente parar de crescer”, diz Abritta.

Apenas o início

A Buser ainda está longe de chegar onde quer, afinal, o propósito da empresa é muito claro: transformar o jeito como os brasileiros viajam de ônibus, sendo uma alternativa melhor. Este sonho já começou a ser executado, mas ainda não chegamos onde podemos chegar. E segundo Marcelo Vasconcellos, o propósito da empresa atraiu pessoas fora da curva para compor o time que está lutando todos os dias para essa transformação acontecer. “O legal de querer melhorar a vida dos brasileiros é que a gente achou pessoas que sonham do mesmo jeito que a gente e que têm esse propósito como parte da vida delas também. As pessoas sabem o que deve ser feito e a gente nunca precisou dizer nada. Se a Buser dá certo é melhor pro Brasil e isso engaja”, pontua.

Foto de um andar do atual escritório recém-inaugurado (Foto: arquivo pessoal)

No fim das contas, como a Buser quer mudar essa situação? Nós fazemos intermediação de viagens com empresas de fretamento executivo. Assim, ajudamos dois lados: o do passageiro que precisa viajar com conforto, segurança e preços justos e o da empresa de ônibus que precisa de passageiro. Tudo isso é feito de forma legal do ponto de vista jurídico e de forma transparente. “A gente consegue se unir às empresas de fretamento e levar isso a todo mundo do jeito certo. Nos juntamos para combater o inimigo real”, esclarece Abritta.

Coincidentemente, no momento em que a empresa comemora três anos ela enfrenta outra luta judicial. Leita também: O Sul não pode retroceder

Um negócio e um propósito

A intenção da Buser é oferecer concorrência, uma contrapartida aos grandes oligopólios e mudança de paradigma. Muitas empresas de ônibus são dos mesmos donos e não há concorrência, assim como não havia com os táxis. Não se trata de quebrar ninguém, pois há espaço para todos. O ponto é apenas oferecer uma outra opção. Porém, no Brasil quem nasce para ser uma opção também nasce como um alvo, mas a Buser não se cansou até hoje e nem vai, pois ainda somos muito menos do que pretendemos ser no Brasil. 

“A gente tem coragem de enfrentar esse problema. Todo mundo sabe e sempre soube exatamente qual é ele, mas enfrentá-lo é o que nos torna diferentes. Tudo de bom [e de ruim] que aconteceu foi consequência disso”, acrescenta Abritta.

E aí, gostou de saber da nossa história? Nós temos outras contadas no Blog da Buser. Acesse e saiba de tudo.

Até a próxima!

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