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Dia do Motorista: as histórias e sonhos por trás do volante

9 minutos para ler

No Dia do Motorista, conheça três profissionais diferentes: Aguinaldo, Danilo e Genilson e suas histórias e trajetórias de vida para além das estradas

Amanhã, dia 25 de julho, é Dia do Motorista e nesta data queremos saber, afinal, quem são essas pessoas que movimentam o Brasil?  Atrás do volante existem mais do que motoristas, são filhos, pais e pessoas que têm sonhos e para grande parte deles esse sonho sempre foi a profissão. Danilo, Aguinaldo ou Genilson são pessoas muito diferentes, de origens distintas, mas com algo muito forte em comum: a paixão pelo ônibus e por atender.

Quer conhecer as histórias cativantes desses motoristas parceiros da Buser? Então continue a leitura.  

Mãos que movem o Brasil

Há pouco mais de 200 anos, quando o primeiro ônibus transportou passageiros no Brasil, não imaginávamos que um dia as distâncias seriam menores. Hoje, é difícil imaginar um país e até mesmo um mundo onde os motoristas não sejam figuras tão essenciais. O Brasil é movimentado sobre rodas e conduzido pelas mãos desses profissionais que transportam alimentos, combustível, medicamentos e pessoas.

Não só a economia e a ligação entre as pessoas que dependem deles, mas as nossas vidas. Quando entramos em um ônibus criamos uma relação imediata de confiança com a pessoa que está atrás do volante, afinal, ela guardará a nossa segurança. Não é à toa que a data escolhida é o Dia de São Cristóvão, padroeiro dos motoristas.

O peso da responsabilidade é, definitivamente o que mais preocupa os motoristas. De acordo com Danilo Larazin, motorista da Primar Viagens, isso se torna ainda mais intenso em virtude do perigo das estradas. “Preciso garantir a integridade física do passageiro, a chegada até o destino, mas o maior desafio hoje são as estradas. Somos conscientes do que estamos fazendo, mas não sabemos a cabeça da pessoa que vem de frente e precisamos estar atentos constantemente”, conta.

Foto de Danilo Larazin da Primar Viagens uniformizado para o trabalho no Dia do Motorista
Na foto, Danilo Larazin está uniformizado para o trabalho com uma roupa semelhante a que seu pai usava em sua infância e que ele admirava (Foto: arquivo pessoal)

Opinião compartilhada por Genilson Marcos da Silva, motorista da Linhatur, que também acha que é importante ter fé. “A parte mais difícil é o trânsito, porque é muito perigoso e temos medo da imprudência das pessoas. Porém, não podemos desistir e temos que fazer o nosso melhor e ter muita fé”, esclarece.

Leia também: Motorista mulher, sim senhor!

Mais do que uma profissão, um sonho 

Com direito ao clichê, Dia do Motorista, na verdade, são todos. Afinal, basta um único dia sem esses profissionais estarem nas estradas brasileiras para haver muitos problemas. Contudo, não foi a grande importância da profissão e o significado dela que motivaram Danilo, Aguinaldo e Genilson decidirem que se tornariam motoristas. Foi sonho. Um sonho com origem na família, nas brincadeiras de criança ou na vontade de melhorar de vida. 

Para Aguinaldo Vieira, motorista há 35 anos  também funcionário da Primar Viagens, a paixão pelo volante veio da berço. “Decidi ser motorista em 1985 quando tirei minha habilitação e, naquela época, todo garoto era apaixonado por ônibus e caminhão. Em 85 eu não tinha muito contato com ônibus, mas com caminhão sim, afinal era o que os meus parentes faziam (motoristas de caminhão), mas não era o que eu gostava, porque gosto de lidar com o público”.

Aguinaldo funcionário Primar Viagens pronto para embarcar no Dia do Motorista
Aguinaldo adora desenhar e ficar com a família nas horas vagas (Foto: arquivo pessoal)

Para migrar para o ônibus não demorou muito para ele, que recebeu um convite de um grande amigo. Até hoje ele considera esse amigo o seu maior incentivador para ser motorista. “Ele me convidou para trabalhar com ele fazendo turismo em São Paulo e eu cheguei no dia seguinte ao convite. Aí começou a minha trajetória com ônibus”, acrescenta.

Já Danilo teve como exemplo e incentivo o seu pai, motorista há 33 anos. “Eu o acompanhei muito e vivia com ele pra cima e para baixo. Tenho amor por ônibus desde pequeno. Eu via meu pai se arrumando, colocando a camisa, a gravata e eu achava que ele ficava todo bonito para dirigir e queria ser igual. É um sonho de criança que virou realidade e eu lutei bastante para chegar onde estou”.

O sonho que virou mudança de vida

Para Genilson o Dia do Motorista tem sabor especial. Afinal, para ele que tem origem pobre, nascido na zona rural do interior de MG, ser motorista significou uma profunda mudança de vida para melhor. 

“A maior dificuldade foi o fato de eu sempre ter morado no interior em terras de lavoura que não eram as nossas. Era uma realidade de ter apenas o suficiente. Quando fui tirar minha habilitação ninguém me apoiou. Fui na autoescola e o dono permitiu que meu patrão assinasse para ser avalista para pagar até o outro ano, mas meu patrão disse que não era avalista de ninguém”. 

Porém, Genilson não desistiu no primeiro não e conseguiu que o seu pai fosse o seu fiador. Entre 2007 e 2008 ele tirou habilitações entre as categorias A e D, mas isso não foi o suficiente para conseguir atuar como motorista na roça. A convite de um amigo ele se mudou para Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte e sua história começou a mudar. Ele trabalhou como ajudante de depósito, servente de pedreiro, entregador de gás em moto, até ser convidado para fazer o teste em uma empresa de ônibus urbano.

“Não fui muito bem no teste, porque não tinha experiência com ônibus, mas me aceitaram como manobrista. Fiquei uns 3 meses e me liberaram para dirigir na rua”, conta.

Depois de três anos nessa empresa, em 2015, ele pediu demissão e comprou um terreno para sua família na roça, mas aí veio a crise e ele teve dificuldade de se recolocar no mercado, até que foi indicado para uma vaga na Linhatur, parceira da Buser em BH. “Nunca tinha entrado num Duble Deck (ônibus de dois andares)  e meu sonho era trabalhar em um, mas peguei fácil e me desenvolvi”, acrescenta.

Genilson posando uniformizado em frente ao ônibus para o Dia do Motorista
Genilson no trabalho (Foto: arquivo pessoal)

O motorista da estrada e o homem do lar

A nossa profissão diz muito sobre nós, mas não tudo. Todos esses profissionais têm as suas histórias e os seus gostos pessoais. 

Hora do descanso para Aguinaldo significa estar em família e desenhando. É com o lápis e papel que ele relaxa. “Nas horas vagas gosto de desenhar, de ficar com a minha filha e cuidar da minha família. Mas é quando estou desenhando que fico em paz. São traços bem simples na esperança de me aperfeiçoar em um desenho realista, porém a cada traço e cor, aquilo trás tranquilidade e te coloca distante dos problemas. Eu  coloco o meu sentimento no desenho”, afirma.

Já Genilson gosta mesmo é de estar na roça. É em meio às lavouras e aos animais que ele encontra sua paz, mas o seu hobby é correr. Ele começou em 2017 e de lá para cá tem corrido cada vez mais. “Já corri até na Volta Internacional da Pampulha. Gosto de praticar porque é bom para saúde, para o corpo e para mente”, pontua.

Genilson com seu Hobby para o Dia do Motorista
Genilson praticando seu hobby: a corrida (Foto: arquivo pessoal)

Danilo, que já foi bombeiro por oito anos, gosta mesmo é de ficar em casa e aproveitar todo o tempo disponível que tem com a sua família. Por mais incrível que pareça, ele diz que seu hobby das horas vagas é falar sobre o trabalho. “Fora do ambiente de trabalho ainda continuo sendo motorista. Gosto de falar da minha profissão e das minhas experiências com a minha família”, conta. 

No Dia do Motorista, a devoção pelos passageiros e pela estrada

Para muita gente, pensar em um motorista é imaginar uma pessoa atrás do volante desafiando a estrada todos os dias e é isso também, mas não só. Ser motorista é receber pessoas, atendê-las e conduzi-las. Mais do que bom condutor de um veículo, ser bom motorista é ter habilidade com as pessoas. E todo mundo se lembra de um motorista pelo atendimento, não é mesmo?!

De acordo com Aguinaldo Vieira, a sua prioridade é sempre atender a todos com excelência. “Adoro lidar com as pessoas de vários jeitos e tipos e o passageiro é a minha prioridade. Preciso recebê-lo bem independente do problema que eles possam ter ou de como eles me abordam”, esclarece.

Para Danilo, o que faz o passageiro voltar é, certamente, o atendimento. “Tenho certeza que esses passageiros irão procurar aqueles motoristas que lhes atenderam bem e eu acredito que cada amizade de passageiro foi Deus que mandou”.                 

Contudo, Aguinaldo conclui que nada é mais gratificante na profissão do que a liberdade das estradas e a possibilidade de descobrir lugares.  “A parte mais interessante de ser motorista é esse prazer de conhecer lugares, pessoas e culturas diferentes. Eu viajo o mundo sobre rodas, conhecendo paisagens, pessoas, lugares e não existe coisa melhor do que isso”, conclui.                                          
E aí, gostou de conhecer as histórias de Danilo, Aguinaldo e Genilson? Aposto que você já cruzou com algum deles por aí. Então, que tal conhecer outras histórias e saber de todas as novidades da Buser? Acesse o nosso Blog e fique por dentro. Até breve!      

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