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Santa Maria Turismo: conheça a história de uma das primeiras empresas parceiras da Buser

9 minutos para ler

Um início difícil, recomeços e superação. Saiba como Ricardo e Louyse Sortica recomeçaram do zero e fundaram a Santa Maria Turismo, uma das primeiras empresas parceiras da Buser

Começar qualquer coisa na vida é muito difícil e recomeçar é ainda pior. E quando são muitos recomeços? Pois são os recomeços que marcam a trajetória da Santa Maria Turismo, uma das primeiras empresas a serem parceiras da Buser.

Conheça a história de garra, superação e determinação de um casal que só queria trabalhar com ônibus e ter sucesso nisso, mas que conquistou muito mais.

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O começo de tudo

Para contar essa história é preciso ir, de fato, para o início dela. O ano é 1998 e Ricardo Sortica, filho de um professor de educação física e uma professora de matemática já trabalhava na empresa de ônibus na qual o seu pai e tio eram sócios. Ele tinha apenas 13 anos quando o pai resolveu vender sua parte da empresa para o tio, que partiu rumo a Campo Grande – MS. Ricardo ainda era um adolescente, mas cheio de certezas profissionais. Ele foi junto com o tio trabalhar na empresa, afinal, já sabia que os ônibus eram a sua paixão.

“Na época, meu pai ficou triste porque eu era o xodó dele e eu vim embora com o meu tio”, conta. 

Ricardo seguiu na empresa e em Campo Grande, até que, aos 18 anos, conheceu a pessoa que mudaria a sua vida: Louyse Sortica. Logo eles começaram a namorar e, depois, Louyse também foi trabalhar na empresa de ônibus. Quando Ricardo tinha entre 20 e 21 anos casou-se com Louyse e a sua trajetória profissional sofreu uma grande mudança.

“Quando resolvemos nos casar, o padrasto da Louyse, que era inspetor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Nova Alvorada do Sul, cidade de interior do Mato Grosso do Sul, sugeriu que eu comprasse um ônibus pequeno para colocar em uma usina de lá. Ele disse que conhecia o gerente e que poderia me apresentar. Deu certo! Assim, comprei meu primeiro ônibus urbano para carregar trabalhadores da usina”, declara Ricardo. 

Ricardo Sortica da Santa Maria Turismo em frente ao seu primeiro ônibus
Na foto, Ricardo Sortica mostra o seu primeiro ônibus (arquivo pessoal)

Uma nova etapa

O início do trabalho na usina foi cansativo. Ricardo era o dono da empresa, o motorista, o mecânico, o responsável pela limpeza do veículo, ou seja, ele era 4 em 1. Já Louyse, continuava trabalhando na empresa de ônibus em Campo Grande e percorria 200km por dia para ir e voltar ao trabalho. 

“Eu acordava às 3h para fazer marmita para o Ricardo, porque ele passava o dia na roça. Ele me deixava na rodoviária de Nova Alvorada do Sul, eu pegava o ônibus 4h e ia para Campo Grande todos os dias. A nossa rotina era essa. Eu voltava às 17h, pegava o ônibus de Campo Grande para Nova Alvorada e, no outro dia, tudo de novo. Foi assim até eu ficar grávida da minha primeira filha”, conta Louyse.

Entre usinas, multinacionais e contratos ganhos e perdidos, a empresa cresceu muito. De um ônibus e nenhum funcionário eles chegaram a ter uma frota de 60 veículos e 180 funcionários. “Fomos aumentando a frota, renovando carros e chegamos a atuar em três usinas. Ao todo, trabalhamos nesse ramo por 15 anos. No fim, perdemos o contrato. Na verdade perdemos tudo. Tivemos que vender o que podíamos e mandar os funcionários embora. Foi muito duro! Outra empresa ganhou a licitação e tivemos que pensar em como recomeçar”, pontua Louyse.

A entrada no ramo do turismo

Em 2017, Ricardo comprou um ônibus de turismo. Ele voltou para Campo Grande e se tornou sócio do seu primo Edgard. “A gente fazia Corumbá (MS) – SP carregando pessoas que iam fazer compras ou procurar emprego na capital paulista”, diz Ricardo.

Nesta mesma época, Louyse estava infeliz com o trabalho em ônibus e tinha medo de que a empresa crescesse e quebrasse novamente. Entretanto, segundo ela, o período difícil trouxe muitos aprendizados valiosos que a fizeram mudar a forma de enxergar a vida. “Eu fiquei desmotivada. A gente diminuiu bastante o nosso padrão de vida, mas percebi que a gente não precisava de muito. Na verdade, o serviço que a gente tinha na usina foi sempre algo muito desgastante, estressante e de pouco retorno. Então, tudo isso serviu de lição pra gente ver que foram muitos anos trabalhando de ilusão. A gente não tinha lucro com a usina, mas tinha medo de perder aquilo e não conseguir mais nada. Estávamos errados”, esclarece. 

Uma luz no fim do túnel

Neste período em que a empresa fazia fretamento de Corumbá para São paulo, as finanças não iam nada bem. Eles estavam enfrentando muitas dificuldades para tornar a empresa sustentável e pensando em como recomeçar (de novo). Afinal, outra empresa estava fazendo o mesmo serviço por um valor mais baixo, havia dívidas e faltava dinheiro para continuar, até que receberam a proposta de se tornarem uma das primeiras empresas parceiras da Buser.

“Um dia cheguei tarde da noite em Campo Grande e meu primo falou que tinha aparecido um negócio com uma startup que estava começando. Ele contou que tinha se cadastrado há muito tempo e que havia conversado com o Marcelo (um dos fundadores da empresa). Acreditava ser uma proposta bacana pra ir com o nosso ônibus leito Double Decker e fazer um teste de São Paulo para BH. Resolvemos arriscar. Estávamos sem dinheiro até para o diesel, mas resolvi encarar. Eram as primeiras viagens da Buser e a gente não tinha ideia de como seria”, conta. 

Primeiros ônibus Buser de Ricardo Sortica
Este foi o primeiro ônibus de Ricardo Sortica a trabalhar com a Buser (arquivo pessoal)

O início da parceria com a Buser

Quando resolveram aceitar a proposta da plataforma, Louyse acreditava que isso seria uma loucura. Afinal, depois de perderem tudo, o marido ainda pegou emprestado uma certa quantia em dinheiro da poupança da filha para se manter em São Paulo no período das primeiras viagens com a Buser.  “Eu tinha medo, porque tínhamos perdido o serviço que era a nossa segurança. Com 30 dias a gente perdeu tudo. Até a casa que a gente tinha perdermos para pagar conta e, mesmo assim, ficou muita coisa para trás. Não teve o que fazer. É difícil recomeçar do zero e recomeçamos totalmente do nada e com apenas um ônibus. Mas o Sortica foi para São Paulo, ficou lá 60 dias e encarou o desafio”.

Depois das primeiras viagens, os primos separaram as empresas — mas continuam parceiros nos negócios. Ricardo começou com um ônibus e muita vontade de acertar.

“Ele lavava o ônibus, cuidava dele e eu fazia a parte administrativa aqui de casa mesmo. Então, a gente foi crescendo, comprou outro ônibus, depois outro, e fomos nos adaptando e vendo do que a gente dava conta. É bacana isso, porque começou com a gente, apenas”, conta Louyse.

Uma história de sucesso

Do início até hoje muitas águas rolaram, ou melhor, muito chão foi percorrido por Ricardo e Louyse. A parceria com a Buser está completando três anos. Santa Maria Turismo e Buser nasceram juntas e é até difícil separar a história da plataforma das histórias dessas primeiras empresas parceiras. E assim como a Buser cresceu de lá para cá, os parceiros também evoluíram. 

“Tudo mudou. Hoje, um dos meus filhos já está em escola particular e a gente mora em um lugar bom. Nós conseguimos ter uma vida melhor. Hoje temos seis ônibus, 15 funcionários e fazemos viagens para BH, Rio e Goiânia”, contam Louyse e Sortica juntos.

Foto de um õnibus Buser da Santa Maria Turismo na garagem
Hoje, depois de muita batalha, a empresa cresceu e os ônibus da frota de Ricardo são como o da foto (arquivo pessoal)

Próximos passos [e sonhos]

E os sonhos continuam? Depois de tanta história e tantos altos e baixos, será que os eles persistem? Segundo eles sim, só que diferentes agora.

“Depois de tudo o que passamos as prioridades mudaram. Nosso foco é continuar prestando um serviço de qualidade, com uma frota nova e uma estrutura bem organizada. O que a Buser fez com a gente, a transformação que ela promoveu nos fez acreditar que podemos sonhar de novo e que a gente pode realizar esses sonhos. Eu tinha perdido isso. Sou grata pelo Ricardo ter acreditado junto com o primo dele de que isso daria certo”, esclarece Louyse.

A meta do casal, agora, é chegar a 10 ônibus. Eles não querem mais manter uma estrutura muito grande, pois preferem um negócio mais “pé no chão”, em que eles consigam ter controle e manter a qualidade.

Louyse e Sortica hoje são gratos pelo que conquistaram e deixam uma mensagem que esperam que seja o legado deles. “O mais importante de tudo é a gente trabalhar com amor naquilo que a gente está fazendo, com pensamento positivo e sempre com os pés no chão. Todos os dias você tem a chance de fazer o dia melhor”, declara o casal.


Quer conhecer outras histórias de parceiros, bem como saber mais sobre a Buser? Então não deixe de acompanhar o nosso blog. Até a próxima!

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